Feijó em Cabo Verde
João da Silva Feijó, militar de carreira e naturalista brasileiro, foi o primeiro fazer uma descrição do Pico do Fogo e Chã das Caldeiras, em 1783. O relato foi publicado no seu “Itinerário F(i)losófico”, constituído por sete cartas dirigidas ao ministro da Marinha e Ultramar, Martinho de Mello e Castro, em que descreve a sua exploração em Cabo Verde. As cartas incidem também sobre geografia física, topografia, portos, costumes e flora das ilhas do Fogo e Brava.
Feijó tinha uma missão específica: foi mandatado pelo Ministro para pesquisar sobre o salitre nativo e o enxofre. “O enxofre, por constituir os alicerces da indústria química; o salitre, para baixar assim os custos da pólvora. Não os encontrará em Cabo Verde, entre as lavas expelidas pelo vulcão, pelo menos em quantidade que justificasse extrai-los”.
A revista digital TriploV publicou um estudo de Maria Estela Guedes e Luís M. Arruda, intitulado de “Feijó: Naturalista brasileiro em Cabo Verde no século XVIII”. Os articulistas apresentam o contexto cultural e económico em que se insere essa viagem filosófica e transcrevem trechos das cartas. Pena é que não citem segmentos relativos à caracterização dos habitantes, com excepção da seguinte descrição dos moradores da ilha Brava.
"São quase todos os naturais desta ilha, fulos, dotados de um génio dócil e sincero, algum tanto maliciosos, muito obedientes aos brancos, principalmente inclinados à preguiça. (…) São de mais a mais ignorantíssimos, libidinosíssimos, e lascivos em extremo, principalmente as mulheres. (...) Todo o tempo empregam em bailes a que chamam zambunas, e outros divertimentos repreensíveis acompanhados de acções e movimentos licenciosíssimos, que desagradam à honestidade".
Feijó viveu em Cabo Verde desde 1783 até talvez 1797. São 14 anos de intensa investigação, mas também de algum perigo. Após a morte do Bispo, Feijó procura a justiça para denunciar as ameaças de morte de que é vítima, como se pode depreender pela leitura de sua carta a Júlio Mattiazzi, de S. Filipe da Ilha do Fogo, datada de 16 de Fevereiro de 1784.
Feijó tinha uma missão específica: foi mandatado pelo Ministro para pesquisar sobre o salitre nativo e o enxofre. “O enxofre, por constituir os alicerces da indústria química; o salitre, para baixar assim os custos da pólvora. Não os encontrará em Cabo Verde, entre as lavas expelidas pelo vulcão, pelo menos em quantidade que justificasse extrai-los”.
A revista digital TriploV publicou um estudo de Maria Estela Guedes e Luís M. Arruda, intitulado de “Feijó: Naturalista brasileiro em Cabo Verde no século XVIII”. Os articulistas apresentam o contexto cultural e económico em que se insere essa viagem filosófica e transcrevem trechos das cartas. Pena é que não citem segmentos relativos à caracterização dos habitantes, com excepção da seguinte descrição dos moradores da ilha Brava.
"São quase todos os naturais desta ilha, fulos, dotados de um génio dócil e sincero, algum tanto maliciosos, muito obedientes aos brancos, principalmente inclinados à preguiça. (…) São de mais a mais ignorantíssimos, libidinosíssimos, e lascivos em extremo, principalmente as mulheres. (...) Todo o tempo empregam em bailes a que chamam zambunas, e outros divertimentos repreensíveis acompanhados de acções e movimentos licenciosíssimos, que desagradam à honestidade".
Feijó viveu em Cabo Verde desde 1783 até talvez 1797. São 14 anos de intensa investigação, mas também de algum perigo. Após a morte do Bispo, Feijó procura a justiça para denunciar as ameaças de morte de que é vítima, como se pode depreender pela leitura de sua carta a Júlio Mattiazzi, de S. Filipe da Ilha do Fogo, datada de 16 de Fevereiro de 1784.
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