Nha Ana Procópio di Djarfogo
Amor di Branku é txuba na mar
Amor di negu é lesti na rotxa
Amor di mulatu é néba detadi
No dia 22, completam-se 139 anos sobre o nascimento de Ana Procópio, a mais afamada cantadeira da Ilha do Fogo, no género de Kurkutisan ou Rafodjo. Em Dezembro de 1960, o jornalista Félix Monteiro publicava, na Revista Claridade, o artigo “Cantigas de Ana Procópio”. Há 45 anos, este extraordinário investigador cultural publicava o registo mais completo, que se conhece, sobre a grande cantadeira de Djarfogo, falecida a 30 de Maio de 1957. “Quem me deu a notícia da sua morte, fez o seguinte comentário, bem significativo: cantar, há muita gente que canta; mas cantadeira…era Ana Procópio”, escreveu Félix Monteiro.
De facto, Ana Procópio fez história, como expoente do Kurkutisan, um género musical típico do Fogo, também apelidado de Rafodjo ou Rodriga. São cantigas improvisadas em bailes populares. Segundo Dany Spínola, é “é uma cantiga de desafio, de contenda verbal e de esperteza, em que dois cantadores se injuriam mutuamente, de forma jocosa, usando uma linguagem mordaz e obscena, por vezes, com intenção ofensiva e maldizente. Muitas vezes, é utilizada para satirizar os grandes senhores proprietários de terras ou mesmo a sociedade em geral, caricaturando aspectos imorais das pessoas ou o desregramento social”. Mas segundo Feliz Monteiro, o amor e a alegria foram temas predilectos de Ana Procópio.
“Na verdade, viveu e amou apaixonadamente, com os cinco sentidos”. Nha Ana tinha consciência da sua beleza e do seu poder de sedução, como evidenciam os versos - Ken ki purbâ ka negâ, Ken ki negâ torna djobê.
Mulher de muitos amores, e que usou seu livre-arbítrio de forma orgulhosa, Ana Procópio sempre foi alvo das linguaradas, a quem detestava profundamente.
Língua di mundu, Si N panha-bu
Nim ka bonitu, kuzidu ó fritu
Algun katxó á-l kumé-N bó
Algum dia, Cabo Verde há-de prestar-lhe uma merecida homenagem. Que tal uma obra que reúna as suas cantigas, espalhadas por várias bibliotecas particulares. O Jornal Artiletra já mostrou o caminho, com a edição de um número exclusivo sobre a cantadeira, em 2003.
Com Artiletra
Amor di negu é lesti na rotxa
Amor di mulatu é néba detadi
No dia 22, completam-se 139 anos sobre o nascimento de Ana Procópio, a mais afamada cantadeira da Ilha do Fogo, no género de Kurkutisan ou Rafodjo. Em Dezembro de 1960, o jornalista Félix Monteiro publicava, na Revista Claridade, o artigo “Cantigas de Ana Procópio”. Há 45 anos, este extraordinário investigador cultural publicava o registo mais completo, que se conhece, sobre a grande cantadeira de Djarfogo, falecida a 30 de Maio de 1957. “Quem me deu a notícia da sua morte, fez o seguinte comentário, bem significativo: cantar, há muita gente que canta; mas cantadeira…era Ana Procópio”, escreveu Félix Monteiro.
De facto, Ana Procópio fez história, como expoente do Kurkutisan, um género musical típico do Fogo, também apelidado de Rafodjo ou Rodriga. São cantigas improvisadas em bailes populares. Segundo Dany Spínola, é “é uma cantiga de desafio, de contenda verbal e de esperteza, em que dois cantadores se injuriam mutuamente, de forma jocosa, usando uma linguagem mordaz e obscena, por vezes, com intenção ofensiva e maldizente. Muitas vezes, é utilizada para satirizar os grandes senhores proprietários de terras ou mesmo a sociedade em geral, caricaturando aspectos imorais das pessoas ou o desregramento social”. Mas segundo Feliz Monteiro, o amor e a alegria foram temas predilectos de Ana Procópio.
“Na verdade, viveu e amou apaixonadamente, com os cinco sentidos”. Nha Ana tinha consciência da sua beleza e do seu poder de sedução, como evidenciam os versos - Ken ki purbâ ka negâ, Ken ki negâ torna djobê.
Mulher de muitos amores, e que usou seu livre-arbítrio de forma orgulhosa, Ana Procópio sempre foi alvo das linguaradas, a quem detestava profundamente.
Língua di mundu, Si N panha-bu
Nim ka bonitu, kuzidu ó fritu
Algun katxó á-l kumé-N bó
Algum dia, Cabo Verde há-de prestar-lhe uma merecida homenagem. Que tal uma obra que reúna as suas cantigas, espalhadas por várias bibliotecas particulares. O Jornal Artiletra já mostrou o caminho, com a edição de um número exclusivo sobre a cantadeira, em 2003.
Com Artiletra
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