A Cimboa hoje
A cimboa é constituída por uma cabaça, que funciona como caixa de ressonância, com dois orifícios circulares. O maior é coberto por uma membrana de couro, e fica na parte posterior, e o menor funciona como a saída do som e geralmente fica na lateral. O braço do instrumento é feito de madeira e atravessa a cabaça. Na extremidade deste braço, é presa a única corda da cimboa, feita de crina de cavalo. Extrai-se o som ao friccionar a corda com um arco de madeira, também munido de uma corda de crina de cavalo.
A cimboa chegou a Cabo Verde, oriunda de África, provavelmente de povos muçulmanos. Segundo Baltazar Lopes, citado num artigo de Pedro Cardoso, no Jornal A Semana, “A cimboa é originária do antigo Sudão, território que actualmente corresponde ao Gana. Terá sido trazida para Cabo Verde pelos escravos, que a tornaram parte integrante e indissociável do batuque”. Este violino de uma corda, tradicionalmente utilizado nas rodas de batuque, há muito que caiu em desuso. Mano Mendi é referido como o último tocador e construtor de cimboa. Facto assente, mas não irreversível. Desde 1997, que professor de música Tó Tavares acalenta um futuro para a cimboa, que inclui a sua divulgação, ensino e consequente disseminação.
Com o apoio da Cooperação Francesa, o projecto começa a dar frutos. “Mano Mendi toca cimboa no disco do Abdelli, gravado em 1998. Nesse ano, também fizemos um grande espectáculo, gravado pela Televisão Nacional. Além disso, há também o disco sobre música de Cabo Verde, de Viviane Lièvre e Jean Yves Loude, com Nho Mendi a acompanhar Ntoni Denti D’Oro”, afirma Tavares. Na mesma altura, a cimboa atrai o interesse de um estudante de Antropologia na Universidade de Manchester. João Nicolau lança, em 1999, o documentário “'You can't live with your mouth shut” (Não se pode viver calado). A partir da história de Mano Mendi, percebe-se que a música pode nascer dos detalhes do quotidiano. É por isso que, apesar da proibição cerrada a que esteve sujeita, o batuque sobreviveu.....Sabi Más
A cimboa chegou a Cabo Verde, oriunda de África, provavelmente de povos muçulmanos. Segundo Baltazar Lopes, citado num artigo de Pedro Cardoso, no Jornal A Semana, “A cimboa é originária do antigo Sudão, território que actualmente corresponde ao Gana. Terá sido trazida para Cabo Verde pelos escravos, que a tornaram parte integrante e indissociável do batuque”. Este violino de uma corda, tradicionalmente utilizado nas rodas de batuque, há muito que caiu em desuso. Mano Mendi é referido como o último tocador e construtor de cimboa. Facto assente, mas não irreversível. Desde 1997, que professor de música Tó Tavares acalenta um futuro para a cimboa, que inclui a sua divulgação, ensino e consequente disseminação.
Com o apoio da Cooperação Francesa, o projecto começa a dar frutos. “Mano Mendi toca cimboa no disco do Abdelli, gravado em 1998. Nesse ano, também fizemos um grande espectáculo, gravado pela Televisão Nacional. Além disso, há também o disco sobre música de Cabo Verde, de Viviane Lièvre e Jean Yves Loude, com Nho Mendi a acompanhar Ntoni Denti D’Oro”, afirma Tavares. Na mesma altura, a cimboa atrai o interesse de um estudante de Antropologia na Universidade de Manchester. João Nicolau lança, em 1999, o documentário “'You can't live with your mouth shut” (Não se pode viver calado). A partir da história de Mano Mendi, percebe-se que a música pode nascer dos detalhes do quotidiano. É por isso que, apesar da proibição cerrada a que esteve sujeita, o batuque sobreviveu.....Sabi Más
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