Frank Mimita: o pioneiro
Uma crónica de D. Tavares
O levantamento da interdição imposta, durante largo período de tempo, à maioria dos elementos da cultura cabo-verdiana, deu lugar, tanto no país, quanto na diáspora, à detonação de manifestações culturais. E abriu caminho, como é já do domínio público, à reabilitação e à exploração de géneros até então banidos do convívio social, desencadeando assim uma investigação rumo às origens, consubstanciado naquilo que Norberto Tavares viria, anos mais tarde, a classificar de “volta pâ fonti”. Batuco, funaná, finaçon, tabanca, passaram a constituir preferência de artistas cabo-verdianos, tanto no país quanto na diáspora.
Falecido na Cidade de Roterdão, Holanda, no dia 25 de Janeiro de 1980, Frank Mimita foi o pioneiro neste regresso ao passado musical cabo-verdiano, cuja censura colonial previra exterminar. Frank contraiu paixão pela música, seduzido não só pelo dote que consigo carregava, mas também um pouco guiado pela movimentação cultural que então se fazia sentir no seu bairro.
Principiou no violão, seguindo o “mano velho” Gúy, com quem aprendeu os primeiros acordes, trilhando, posteriormente, por si só, os caminhos que o haveriam de conduzir à tribuna de grandes instrumentalistas, pela mão de um outro utensílio musical - o cavaquinho, de que se tornou exímio executante. Uma performance que o permitiu acompanhar em gravações discográficas, artistas como Tututa & Taninho, Calú de Santo Antão, Arminda Sousa, Bana, Luís Rendall, Jack Monteiro e tantos outros. Mas foi, no entanto, a voz que acabou por conferir-lhe glória.....Sabi Más
O levantamento da interdição imposta, durante largo período de tempo, à maioria dos elementos da cultura cabo-verdiana, deu lugar, tanto no país, quanto na diáspora, à detonação de manifestações culturais. E abriu caminho, como é já do domínio público, à reabilitação e à exploração de géneros até então banidos do convívio social, desencadeando assim uma investigação rumo às origens, consubstanciado naquilo que Norberto Tavares viria, anos mais tarde, a classificar de “volta pâ fonti”. Batuco, funaná, finaçon, tabanca, passaram a constituir preferência de artistas cabo-verdianos, tanto no país quanto na diáspora.
Falecido na Cidade de Roterdão, Holanda, no dia 25 de Janeiro de 1980, Frank Mimita foi o pioneiro neste regresso ao passado musical cabo-verdiano, cuja censura colonial previra exterminar. Frank contraiu paixão pela música, seduzido não só pelo dote que consigo carregava, mas também um pouco guiado pela movimentação cultural que então se fazia sentir no seu bairro.
Principiou no violão, seguindo o “mano velho” Gúy, com quem aprendeu os primeiros acordes, trilhando, posteriormente, por si só, os caminhos que o haveriam de conduzir à tribuna de grandes instrumentalistas, pela mão de um outro utensílio musical - o cavaquinho, de que se tornou exímio executante. Uma performance que o permitiu acompanhar em gravações discográficas, artistas como Tututa & Taninho, Calú de Santo Antão, Arminda Sousa, Bana, Luís Rendall, Jack Monteiro e tantos outros. Mas foi, no entanto, a voz que acabou por conferir-lhe glória.....Sabi Más
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