Clap, clap, clap
Fotu di João Barbosa
Bento Oliveira fez a sua estreia no teatro como o cenógrafo de O Auto da Compadecida e parece que a parceria com a trupe de João Branco não irá parar por aqui, a julgar pelos elogios rasgados que recebeu pelo seu trabalho.
A cenografia, em tons de terra, foi concebida com matéria-prima de Santo Antão. Escadas e carroça feitas de pau e fios de carrapato, lanternas de palha e peixe-porco-espino (ou crun, como em Santiago), balas feitas de velas de motor, entre outras preciosidades, como o pano de fundo de cena: um tecido tingido e remendado à mão.
Além das lanternas, que arrancaram aplausos do público, pode-se dizer que a obra prima de Bento Oliveira é o figurino e a coroa da Compadecida. Um vestido azul, sobreposto com tule branco, ornamentado com um desenho de uma árvore, a simbolizar a colheita e a vida. A coroa da Santa foi concebida com espetos de côco e três podogós, símbolo cabo-verdiano da luz.
Bento Oliveira, de 31 anos, natural de Ribeira Grande, é arte educador, formado em Belém, no Brasil. Despertou a atenção de João Branco, após uma exposição efectuada em Mindelo, no mês de Maio. A arte de Bento, com raízes na telúrica cabo-verdiana, é construída com material orgânico local e com uma atitude de pertença a uma espaço atlântico-africano.
A presença de Bento no projecto de O Auto da Compadecida é prenhe de coincidências. Assim como os fios de carrapato unem os paus de madeira, a cenografia de Bento Oliveira faz uma ponte entre o Nordeste e as ilhas. Enquanto esteve no Brasil, mais precisamente entre Piaui e Pará, no nordeste, embrenhou na literatura de cordel e pôde reconhecer sua terra nas gentes nordestinas. “Povoamos as nossas casas com imagens da saudade, com a teluricidade que nos é peculiar. Os nordestinos fazem a mesma coisa”.
Bento Oliveira fez a sua estreia no teatro como o cenógrafo de O Auto da Compadecida e parece que a parceria com a trupe de João Branco não irá parar por aqui, a julgar pelos elogios rasgados que recebeu pelo seu trabalho.
A cenografia, em tons de terra, foi concebida com matéria-prima de Santo Antão. Escadas e carroça feitas de pau e fios de carrapato, lanternas de palha e peixe-porco-espino (ou crun, como em Santiago), balas feitas de velas de motor, entre outras preciosidades, como o pano de fundo de cena: um tecido tingido e remendado à mão.
Além das lanternas, que arrancaram aplausos do público, pode-se dizer que a obra prima de Bento Oliveira é o figurino e a coroa da Compadecida. Um vestido azul, sobreposto com tule branco, ornamentado com um desenho de uma árvore, a simbolizar a colheita e a vida. A coroa da Santa foi concebida com espetos de côco e três podogós, símbolo cabo-verdiano da luz.
Bento Oliveira, de 31 anos, natural de Ribeira Grande, é arte educador, formado em Belém, no Brasil. Despertou a atenção de João Branco, após uma exposição efectuada em Mindelo, no mês de Maio. A arte de Bento, com raízes na telúrica cabo-verdiana, é construída com material orgânico local e com uma atitude de pertença a uma espaço atlântico-africano.
A presença de Bento no projecto de O Auto da Compadecida é prenhe de coincidências. Assim como os fios de carrapato unem os paus de madeira, a cenografia de Bento Oliveira faz uma ponte entre o Nordeste e as ilhas. Enquanto esteve no Brasil, mais precisamente entre Piaui e Pará, no nordeste, embrenhou na literatura de cordel e pôde reconhecer sua terra nas gentes nordestinas. “Povoamos as nossas casas com imagens da saudade, com a teluricidade que nos é peculiar. Os nordestinos fazem a mesma coisa”.
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