sexta-feira, setembro 30, 2005

Caricato


18h30 de uma terça-feira. Um casal e filhos chegam ao Centro Cultural Português da Praia para ver a exposição de fotografias de Omar Camilo. Bateram com a cara na porta. O horário de funcionamento do Centro é tão burocrático quanto um departamento da administração pública. Das oito ao meio-dia e das duas às seis da tarde. Sem apelo nem agravo.

Depois do casal, chegaram outras pessoas, talvez uma dezena. Ficaram indignados. “Como é que se pode ver uma exposição, num dia de semana, se só abrem quando estamos a trabalhar?”, reclamava uma senhora. E com razão. Agentes culturais e artistas reclamam do público, da falta de gente nas exposições de arte, mas há que criar estímulos para atrair os olhares.

No Palácio da Cultura não é diferente: está sempre fechado aos fins-de-semana e no horário pós laboral. Ou seja, quando a maior parte das pessoas tem tempo disponível para visitar as exposições. Outro mau exemplo vem da Biblioteca Nacional e do Arquivo Histórico. Durante o verão, respeitaram o período único: até as 15h. E no resto da tarde, na txabi.

Estamos a falar de espaços culturais ou de departamentos da administração pública?

1 Comments:

Blogger Roberto Iza Valdés fla ma...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

6:45 da tarde  

Enviar um comentário

<< Volta pa Lantuna

Desde 27/11/2004