O fundamental e o fundamentalismo
Fotu di João Barbosa
Nesta época de luta pela preferência do eleitor, Lantuna recomenda um segundo olhar sobre a peça Mar Alto, do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo, estreada em Março de 2005. Uma metáfora da antropofagia politica e uma critica a um sistema de bipolarização política, em que dois partidos são cúmplices em manter, retendo um pluripartidarismo formal. É pena que a peça não seja reposta nos dias que correm, mas fica aqui uma pista para reflexão...
"Esta peça é pois, acima de tudo, uma metáfora poderosa de sistemas políticos e sociais, onde cada vez mais a luta política se radicaliza, e onde não há espaço para uma intervenção pública que não seja de imediato conotada com um dos principais partidos políticos. Se tomamos determinadas posições, somos amarelos; se, pelo contrário, assumimos uma atitude antagónica relativa ao mesmo assunto, somos verdes. No país do mar, há cada vez menos espaço para o azul. (…)
Esta é, pois, uma das peças mais políticas que encenamos até hoje, numa época em que se discute muito sobre o papel do teatro enquanto instrumento de crítica e transformação social. Tal como na vida real, também na peça o elo quebra pelo lado mais fraco, e é comido, aqui no sentido literal do termo, pelos dominantes sociais.
Neste contexto, que lugar cabe hoje aos marginalizados, às minorias, aos excêntricos e aos desalinhados? Que lugar cabe à arte e aos artistas, neste sistema cada dia mais antropofágico?" In Mindelact
Nesta época de luta pela preferência do eleitor, Lantuna recomenda um segundo olhar sobre a peça Mar Alto, do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo, estreada em Março de 2005. Uma metáfora da antropofagia politica e uma critica a um sistema de bipolarização política, em que dois partidos são cúmplices em manter, retendo um pluripartidarismo formal. É pena que a peça não seja reposta nos dias que correm, mas fica aqui uma pista para reflexão...
"Esta peça é pois, acima de tudo, uma metáfora poderosa de sistemas políticos e sociais, onde cada vez mais a luta política se radicaliza, e onde não há espaço para uma intervenção pública que não seja de imediato conotada com um dos principais partidos políticos. Se tomamos determinadas posições, somos amarelos; se, pelo contrário, assumimos uma atitude antagónica relativa ao mesmo assunto, somos verdes. No país do mar, há cada vez menos espaço para o azul. (…)
Esta é, pois, uma das peças mais políticas que encenamos até hoje, numa época em que se discute muito sobre o papel do teatro enquanto instrumento de crítica e transformação social. Tal como na vida real, também na peça o elo quebra pelo lado mais fraco, e é comido, aqui no sentido literal do termo, pelos dominantes sociais.
Neste contexto, que lugar cabe hoje aos marginalizados, às minorias, aos excêntricos e aos desalinhados? Que lugar cabe à arte e aos artistas, neste sistema cada dia mais antropofágico?" In Mindelact
1 Comments:
Yehey! Afinal dje volta! E ku um post daqueles... mais actual impossivel.
Matilde, ca bu perdi si pamodi cau ta bira baziu.
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