sexta-feira, abril 29, 2005

Atravessar África a dançar...

A trupe cabo-verdiana em Moroni, capital de Comoros17 cidades africanas em 54 dias, entre Fevereiro e Março. Quatro cabo-verdianos: as bailarinas Rosy Timas e Bety Fernandes, o produtor Jeff Hessney, também técnico de som, e Edson Fortes, da iluminação. Raiz di Polon. Uma digressão da peça “Duas Sem Três”, recompensa pelo prémio alcançado um ano antes no Madagáscar.

No dia Mundial da Dança, 29 de Abril, Lantuna convidou Jeff Hessney a fazer a outra viagem: a da memória, das impressões, do balanço negativo – no sentido fotográfico, claro…

Foi uma grande aventura, sem dúvida. Atravessar África a dançar. Levar a dança cabo-verdiana até países onde nenhum outro artista crioulo pisara até então. “Na Suazilândia, foi a primeira actuação de um grupo de dança estrangeiro. Mas, à excepção de Moçambique, em quase todos os outros países onde estivemos, mal conhecem Cabo Verde ou então nem sabem que fica em África”, revela o produtor. Jeff Hessney garante que há uma responsabilidade acrescida, por representar Cabo Verde. “Quando se chega a um país onde nem sabem se Cabo Verde fica em África, acabamos por ser a única referencia desse país. Então, nós queremos passar uma boa imagem, para que não fiquem mal impressionados com Cabo Verde”.
Jeff Hesney e Edson Fortes
Lantuna: Além dos espectáculos, a digressão foi um laboratório sobre a produção cultural no continente...

Jeff: Há muita diversidade. Por exemplo, ficamos impressionados com a experiência dos moçambicanos. É um país com uma forte tradição na dança, o público e os profissionais são ótimos. Na África do Sul também, no Madagáscar, Djibuti, Maurícios e Namíbia, em termos de meios técnicos, humanos e da gestão dos espaços culturais. ....Sabi Más
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