terça-feira, março 29, 2005

TÓ MARTINS CÂ CÁBA NA NADA!

Fotu: www.cvmusicworld.com
Com o Movimento militar desencadeado a 25 de Abril de 1974, e que conduziu à Revolução de Cravos, pondo fim ao regime autoritário em Portugal, Cabo Verde, território sob a sua alçada jurisdicional, viu aberta a possibilidade em alcançar independência, cuja luta para o efeito vinha sendo desenvolvida na actual República da Guiné-Bissau.Com a liberdade alcançada e a consequente banição da interdição de qualquer forma de manifestação, a primeira preocupação foi reabilitar manifestações culturais proscritas, durante séculos, o que precipitou o início da procura das origens.

A primeira a sair da toca foi sem dúvida a tabanca, pois, embora remetida ao quadro de manifestações culturais proibidas, por lei era, no entanto, tolerada desde que o desfile se mantivesse confinado aos então denominados subúrbios da capital - esta representada exclusivamente pelo Plateau - o que conseguiu manter viva as tabancas de Achada Santo António, Várzea e Achada Grande. Curioso é que, a primeira vez que a tabanca, com o levantamento da proibição, “subiu” ao Plateau, num grande desfile, foi para manifestar ao então Governador colonial, a sua oposição à independência de Cabo Verde.

De entre os géneros musicais, o que maior expressão veio a ganhar foi o funaná, um estilo que por essa altura cobria somente a Ilha de Santiago, mas que com este movimento veio a tornar-se uma referência no panorama musical cabo-verdiano. De momento, interessa, no entanto, debruçar unicamente sobre a figura do impulsionador de todo o movimento funaná - Catchás.Carlos Alberto Silva Martins, nasceu na Freguesia de Santiago Maior no dia 9 de Agosto de 1951. Filho de Domingos Tavares Silva e de Antónia Martins, a alcunha “Catchás”, nome de guerra por que viria a ser conhecido artisticamente, ganhou-a entre colegas, no então Liceu Adriano Moreira.....Leia a crónica completa de D. Tavares
Desde 27/11/2004