'Duas sem Três' conquista crítica africana
Um espectáculo de cortar a respiração, a mais alegre e sensual performance jamais apresentada por um grupo cabo-verdiano. É a reacção do jornal The East African, do Quénia. “As duas bailarinas, Elisabete Fernandes and Rosy Timas, cativaram a audiência de tal forma que houve uma ténue sensação de perda quando anunciaram que partiriam para Maputo no dia seguinte”, escreve o jornal.
Mas não é o único a render elogios à dupla do Raiz di Polon. Por onde quer que se apresentam, as bailarinas Rosy e Bety encantam o público e a crítica, com a peça Duas Sem Três. A história da Musa do Campo e da Cidade, do conflito que a mulher crioula enfrenta para tentar se adequar aos parâmetros morais e sociais impostos por uma sociedade que ainda reluta em aceitá-la como parceira. Afinal de contas, ela sustenta quase metade das famílias deste país!
Mas, vamos nos deleitar com as críticas, sempre excelentes, à peça Duas Sem Três, nesta digressão de dois meses, que começou em Fevereiro e terminará a 3 de Abril. Isto depois de terem passado por 17 capitais africanas. Levam uma peça, inspirada num texto de Mário Lúcio Sousa, que acaba por ser um teatro musical que explora o fascinante mundo feminino e a relação entre o corpo e a voz.
O corpo dança e a voz canta e recita poemas, em crioulo e português. Será que a língua é um obstáculo para que o público francófono e anglófono apreenda a peça como um todo? O jornal L’Express, das Ilhas Maurícias, desvaloriza. " Temos as nuances, os olhares, o jogo de luzes, o humor e a decepção. O tempo de uma dança, uma lufada de ar fresco que vem de longe”.
Esta semana, Duas Sem Três estará em cartaz em Asmara, na Eritreia, e depois em Nairobi, no Quénia. Neste Dia da Mulher Cabo-verdiana e do Teatro, as bailarinas Rosy e Bety dão um exemplo de coragem. Mulheres que vivem a sua arte com graça e força.
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