Contra a mediocridade reinante...
Três náufragos numa jangada à deriva no mar. Um belo dia, a comida acaba. Então, os três distintos senhores decidem que um deles será devorado pelo bem dos outros. E para ser um processo transparente, há que realizar eleições e, claro, campanha eleitoral. É este o ponto de partida da peça “Mar Alto”, a 35ª produção do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo, com estreia marcada para esta sexta-feira, na Cidade do Porto Grande.
A partir da peça do dramaturgo polaco Slawomir Mrozec e de textos de Eugénio Tavares, “Mar Alto” é uma critica à tendência antropofágica da sociedade cabo-verdiana pela mediocridade. “O que é bom e mexe com o estado de mediocridade reinante acaba por ser eliminado. É uma característica da nossa sociedade e que se reflecte na nossa classe política, os bons acabam por ser dispensados”, afirma João Branco, encenador do GTCCPM, que garante que alguns políticos e partidos se identificarão com a peça. Na campanha eleitoral para decidir qual dos três “distintos” será o sacrificado, dois escolhem lemas como “Quem comeu comerá” e “Por amor à comida”. O terceiro, o mais inteligente e menos demagogo, representa a terceira via que só a maturidade politica poderá gerar em Cabo Verde. No fundo, é uma crítica à bipolarização política que se vive no país e que acaba por frustrar muitas iniciativas louváveis, em nome da mesquinhice política.
Segundo o encenador João Branco, quem melhor escreveu sobre este estado antropofágica da sociedade cabo-verdiana foi Eugénio Tavares. “Cerca de 40 por cento do texto final é composto por contribuições recolhidas nas crónicas de Eugénio Tavares. Fiquei impressionado com actualidade dos seus escritos e a coragem dele ”, revela Branco. E não é por menos. Tavares foi um jornalista audaz, que em plena época colonial escreveu crónicas contra o poder estabelecido, com uma coragem que muita gente não assume nos dias de hoje.
“Mar Alto” estreia na sexta-feira, 25 de Março, 21h30, e ficará em cartaz até domingo, dia Mundial do Teatro. Fonseca Soares, Manuel Estêvão e Paulo Santos estarão em palco – ou melhor, se equilibrarão numa jangada com três metros quadrados.
A partir da peça do dramaturgo polaco Slawomir Mrozec e de textos de Eugénio Tavares, “Mar Alto” é uma critica à tendência antropofágica da sociedade cabo-verdiana pela mediocridade. “O que é bom e mexe com o estado de mediocridade reinante acaba por ser eliminado. É uma característica da nossa sociedade e que se reflecte na nossa classe política, os bons acabam por ser dispensados”, afirma João Branco, encenador do GTCCPM, que garante que alguns políticos e partidos se identificarão com a peça. Na campanha eleitoral para decidir qual dos três “distintos” será o sacrificado, dois escolhem lemas como “Quem comeu comerá” e “Por amor à comida”. O terceiro, o mais inteligente e menos demagogo, representa a terceira via que só a maturidade politica poderá gerar em Cabo Verde. No fundo, é uma crítica à bipolarização política que se vive no país e que acaba por frustrar muitas iniciativas louváveis, em nome da mesquinhice política.
Segundo o encenador João Branco, quem melhor escreveu sobre este estado antropofágica da sociedade cabo-verdiana foi Eugénio Tavares. “Cerca de 40 por cento do texto final é composto por contribuições recolhidas nas crónicas de Eugénio Tavares. Fiquei impressionado com actualidade dos seus escritos e a coragem dele ”, revela Branco. E não é por menos. Tavares foi um jornalista audaz, que em plena época colonial escreveu crónicas contra o poder estabelecido, com uma coragem que muita gente não assume nos dias de hoje.
“Mar Alto” estreia na sexta-feira, 25 de Março, 21h30, e ficará em cartaz até domingo, dia Mundial do Teatro. Fonseca Soares, Manuel Estêvão e Paulo Santos estarão em palco – ou melhor, se equilibrarão numa jangada com três metros quadrados.
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