Neneca di Arminda: paixão pela serenata
Lantuna ten gostu na fla sé leitor ma, desdi oji, é ta kumesa ta publika krónikas di Djudju Tavares, músiku y investigador, sobri figuras di nós músika. Tudu simana ten novidadi. Alguns di kés krónika dja foi publikadu na jornal Horizonti, otus é ineditu. Sima kel primeru sobri Neneca di Arminda.
D. Tavares
A serenata foi outrora uma das manifestações culturais mais apreciadas em Cabo Verde. Basta referir que integrava o leque de prendas às pequenas ou mesmo de declaração de amor. Dai que, com maior ou menor incidência, não existe uma única ilha onde dela não se ouve falar com propriedade, pois era mesmo costume que os embarcadiços tocadores, sempre que apartassem a um porto qualquer, se resvalassem em tocatinas nocturnas à janela de quem entendessem merecer a dedicatória de uma morna - música única da serenata.
Caído hoje quase em desuso, originado por factores vários que não vale a pena aqui expender, contribuiu, no entanto, a serenata para lançar ao espaço musical vários talentos que se vieram consagrar, dentro daquilo que enforma a intelligentia da música cabo-verdiana. Aliás era este, na falta de outro, o lugar apropriado para a aparição sobretudo de cantores e compositores. Djosinha, ex-vocalista do lendário Voz de Cabo Verde, sempre que questionado acerca da sua iniciação nessas lides, enfatiza: “com os meus 7 anos de idade cantava já com Olavo Bilac em serenatas,”. Manel Clarinete compôs a morna Laura, uma das suas lindas composições, para ser interpretada por esta ocasião. Os versos até ilustram este propósito: “(…) Levanta Laura/abrí bô janela/bu bem óbi és morna qui bem di céu (…). Neneca di Arminda
D. Tavares
A serenata foi outrora uma das manifestações culturais mais apreciadas em Cabo Verde. Basta referir que integrava o leque de prendas às pequenas ou mesmo de declaração de amor. Dai que, com maior ou menor incidência, não existe uma única ilha onde dela não se ouve falar com propriedade, pois era mesmo costume que os embarcadiços tocadores, sempre que apartassem a um porto qualquer, se resvalassem em tocatinas nocturnas à janela de quem entendessem merecer a dedicatória de uma morna - música única da serenata.
Caído hoje quase em desuso, originado por factores vários que não vale a pena aqui expender, contribuiu, no entanto, a serenata para lançar ao espaço musical vários talentos que se vieram consagrar, dentro daquilo que enforma a intelligentia da música cabo-verdiana. Aliás era este, na falta de outro, o lugar apropriado para a aparição sobretudo de cantores e compositores. Djosinha, ex-vocalista do lendário Voz de Cabo Verde, sempre que questionado acerca da sua iniciação nessas lides, enfatiza: “com os meus 7 anos de idade cantava já com Olavo Bilac em serenatas,”. Manel Clarinete compôs a morna Laura, uma das suas lindas composições, para ser interpretada por esta ocasião. Os versos até ilustram este propósito: “(…) Levanta Laura/abrí bô janela/bu bem óbi és morna qui bem di céu (…). Neneca di Arminda
E uma das suas figuras emblemáticas foi Neneca de Arminda. Rapaz da Achada de Santo António, Neneca começou a aprender tocar violão com Djirga, dentro daquela ambiência que então caracterizava a mundivivência deste bairro. Uma aprendizagem interrompida no entanto, tempos depois pelo mestre devido a desentendimentos havidos entre os dois, atiçado um tanto ou quanto pela concorrência à posse de uma pequena, ou algo semelhante. Virou-se então para Djonça Farol - o mesmo que havia ensinado Djirga - e acabou por tornar-se num bom executante deste instrumento de seis cordas, com o qual passou a interpretar, com mestria, mornas em serenata. Tocava igualmente cavaquinho. Mas foram particularmente duas qualidades que outorgaram vida artística a Neneca - a de compositor e a de intérprete.....Sabi Más
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