"Não há teatro em Cabo Verde"
A afirmação é de Francisco Fragoso, dramaturgo, poeta e médico, fundador do grupo cénico Korda Kaoberdi. Em entrevista ao Expresso das Ilhas, Fragoso mostrou-se pessimista quanto à situação do teatro em Cabo Verde, chegando mesmo a apelar ao Governo para que "encontre pessoas para se criar um teatro cabo-verdiano". Fragoso é um africanista e um santiaguense assumido, deixando transparecer, em seu discurso, uma certa dose de bairrismo. Afirma que o teatro que se faz em S. Vicente não tem uma raíz cabo-verdiana, embora reconheça a sua "ambição universalista". E deixa transparecer que na Praia, seria possível fazer o mesmo, com as mesmas "facilidades". Fragoso vai ainda mais longe, quando se questiona se João Branco é o sucessor de Kwame Kondé. Afirma que o teatro não pode ser entregue a pessoas que não tenham recebido, desde o berço, "este banho cultural cabo-verdiano"....Sabi Más
pa Matilde era 17:49
3 Comments:
...Guida subscrevo a quase tudo o que escreveste, mas remeter o teatro em são vicente à figura do João Branco não me parece muito justo.
MIndelact não é so o JB, há muita gente a trabalhar para que o teatro em são vicente esteja sempre em evolução...
e mesmo antes disso o teatro em são vicente sempre deu provas de alguma existencia.. tanto é que se nao fosse por isso Mindelact nao teria campo pra andar... e nao esqueçamos do trabalho do Carlos Estevão, Juventude em Marcha e muitos outros grupos ligados a ESCOLA SALESIANOS....
com isso lembro-me do tão afamado "geração pantera" e "geração pos-pantera".. que toda a gente indo na conversa de uma conhecida jornalista colocaram Pantera como pivot de uma virada que não se deveu inteiramente a ele..
..uma correcção: onde se le Carlos Estevão... deve-se ler MANUEL ESTEVÂO.. obgd!
Sabem de uma coisa? A maior prova de que o teatro não está morto são estas respostas às opiniões de Fragoso. A sociedade civil precisa estar atenta e manifestar-se sempre que necessário for. Há críticas a fazer ao teatro, mas é no debate aberto e não no dogmatismo radical.
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