quarta-feira, janeiro 19, 2005

Improdutivo

Assim foi o encontro do Ministro da Cultura com os artistas de Santiago. Se Manuel Veiga foi à Biblioteca Nacional para ouvir criticas e sugestões, os criadores, no geral, deixaram-se ficar pelos pedidos de apoio e poucos apresentaram sugestões e preocupações concretas. Com duas ou três excepções apenas.

Zénriki, compositor, questionou o Ministro sobre a política do Governo para a cultura. Ao que Veiga respondeu: “estímulos aos criadores, preservação do património e apoio à investigação. São peças fundamentais da nossa política cultural”. No seu programa, o Governo cabo-verdiano coloca a cultura como um verdadeiro motor de desenvolvimento. Mas das palavras à acção, parece que ainda estamos no reino das intenções. Como disse Ulisses Português, músico, “como é que um Governo que tem um diamante investe apenas um por cento do seu orçamento para lapidá-lo?”.

Filinto Elísio, poeta, também chamou a atenção do ministro para a necessidade de valorizar “o único produto em que podemos competir em pé de igualdade no cenário internacional”. Filinto também criticou o Governo pela ausência de uma política para o audiovisual. "Estamos atrasados. Já tivemos produção de curtas e longas, um Instituto de Cinema e Festivais de Cinema. Hoje não temos. Estamos a andar para trás"....Sabi Más
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