Crónica de uma festa cultural no Palácio
A festa de apresentação da revista cultural Dá Fala na Praia “tomou de assalto” o Palácio da Cultura Ildo Lobo. A batucada da turma do Gamal, na Praça Alexandre Albuquerque, levou os convidados até às portas do Palácio. A partir daí, um casal de mimos crioulos conduziu os convidados pelas salas, corredores, miradouro e pátio do edifício, para espreitar diversas manifestações culturais, ligadas pelo conceito da "fala".
O Raiz di Polon apresentou a coreografia “Korpu ta Papia”, coadjuvado por Tamango, considerado por muitos como o maior bailarino de sapateado do mundo na actualidade. Seguiu-se um sketch teatral sobre a palavra escrita e a projecção de um vídeo sobre a aplicação do conceito de Falar no quotidiano, um trabalho de João Paradela, do Kafuka Cineclube. Uma desgarrada de instrumentos de ritmo, por Tó Alves e Pedro Castanheira, sacudiu o segundo andar do Palácio. Já no Pátio, os convidados puderam escutar o tema “Voz”, interpretado à capela por Terezinha Araújo.
Para encerrar o espectáculo itinerante, uma sessão de konbersu Sabi com Gil e Claudino Moreira. Após a apresentação da revista por Marta Lança, Directora, aos convivas mais resistentes foi oferecido o melhor “prato musical” da noite: um trio de cimboa, kakolo (instrumento de percussão em bambu) e um pote de barro.
Apenas uma nota negativa: no mesmo dia, à mesma hora, o Palácio da Cultura cedeu a sala de música à JPAI para uma reunião, quando a organização do Dá Fala já reservara o mesmo espaço com duas semanas de antecedência. Às tantas, com a festa já no meio, aquela organização partidária exigiu que a apresentação fosse “encurtada” para não perturbar a reunião da jota tambarina. E parece que o próprio Coordenador do Palácio terá concordado com essa postura. Seria bizarro se fosse suposição - é incrível que a política dê “ordens” num Palácio da Cultura, ainda por cima tendo Ildo Lobo como patrono.
Fotos gentilmente cedidas pelo fotógrafo João Barbosa
O Raiz di Polon apresentou a coreografia “Korpu ta Papia”, coadjuvado por Tamango, considerado por muitos como o maior bailarino de sapateado do mundo na actualidade. Seguiu-se um sketch teatral sobre a palavra escrita e a projecção de um vídeo sobre a aplicação do conceito de Falar no quotidiano, um trabalho de João Paradela, do Kafuka Cineclube. Uma desgarrada de instrumentos de ritmo, por Tó Alves e Pedro Castanheira, sacudiu o segundo andar do Palácio. Já no Pátio, os convidados puderam escutar o tema “Voz”, interpretado à capela por Terezinha Araújo.
Para encerrar o espectáculo itinerante, uma sessão de konbersu Sabi com Gil e Claudino Moreira. Após a apresentação da revista por Marta Lança, Directora, aos convivas mais resistentes foi oferecido o melhor “prato musical” da noite: um trio de cimboa, kakolo (instrumento de percussão em bambu) e um pote de barro.
Apenas uma nota negativa: no mesmo dia, à mesma hora, o Palácio da Cultura cedeu a sala de música à JPAI para uma reunião, quando a organização do Dá Fala já reservara o mesmo espaço com duas semanas de antecedência. Às tantas, com a festa já no meio, aquela organização partidária exigiu que a apresentação fosse “encurtada” para não perturbar a reunião da jota tambarina. E parece que o próprio Coordenador do Palácio terá concordado com essa postura. Seria bizarro se fosse suposição - é incrível que a política dê “ordens” num Palácio da Cultura, ainda por cima tendo Ildo Lobo como patrono.
Fotos gentilmente cedidas pelo fotógrafo João Barbosa
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