Maria cheia de graça!

É o título de uma reportagem do Boston Globe sobre a cantora cabo-verdiana Maria de Barros, publicada hoje. Na entrevista, Maria revela que Cesária Évora é sua madrinha e que há entre elas uma ligação “muito especial”, desde que se conheceram no Mindelo, em 1988. A cantora, que reside nos Estados Unidos, diz que não canta mornas apenas por prazer, mas para mostrar um lado mágico de um país pobre em recursos materiais.
Maria de Barros é um fruto da nação cabo-verdiana diasporizada. Nasceu no Senegal, cresceu na Mauritânia e aos 13 anos, a família emigrou para Rhode Island, nos Estados Unidos. Cresceu num ambiente cabo-verdiano. “Meus pais sempre fizeram questão que preservássemos as nossas raízes e tivéssemos orgulho nelas”, revela.

O primeiro álbum, "Nha Mundo: Music of Cabo Verde", pela Narada World (um selo de jazz e world music da Virgin Records) conquistou o mercado. Um álbum crioulo que mistura bossa nova, raggae, samba e coladeira. “Ela transmite alegria com a sua voz sedosa, mesmo que não se entenda o que diz”, escreve o Boston Globe. O Segundo disco de Maria, "Danca Ma Mi", sera lançado no dia 15 de Março. Na quarta-feira, Maria se apresentará em concerto, no Clube de Jazz Scullers, em Boston, durante um Festival Cabo-verdiano.